sexta-feira, 24 de abril de 2015

Blog do Radar da Produção: Concepção, elaboração e execução de projetos culturais.

Por Erick Maciel. Na gestão de um projeto cultural, o Produtor Cultural está atento ao desempenho das diversas funções que se apresentam, preocupando-se desde a concepção, momento que muitas vezes está só gerando a ideia, até a execução e prestação de contas. Cabe ressaltar que além de poder criar seus próprios projetos, ou seja, gerar suas próprias ideias de empreendimento cultural, o produtor cultural poder ser um facilitador, viabilizador de sonhos. Quero dizer, com isso, que o produtor cultural pode se apropriar da ideia de outro ou outros, quando é uma comunidade, ONG ou empresa, para elaborar e executar um projeto. É claro que o ideal é sempre uma construção colaborativa, cooperativa para agregar maior valor à proposta de empreendimento cultural. Para isso, a condução dos processos de geração de ideias é fundamental para se chegar a um objetivo, predefinido ou a definir, tanto pelo próprio produtor, quanto por outros que podem ser contratantes ou parceiros da proposta cultural. No processo de concepção, isto é, de geração de ideias, a capacidade de pensar de modo criativo é um atributo essencial a todos os profissionais, sendo necessário quebrar regras, padrões, rotinas. O pensamento criativo permite encontrar caminhos para lidar com os desafios, possibilitando identificar oportunidades, contribuindo para o sucesso do projeto. O fator-chave para o sucesso é a geração de ideias relevantes e fortes, logo, venda ideias! Como? Simples, permitindo-se adquirir diversos tipos de conhecimento, artes, economia, política, moda, sociedade etc., e mesmos os mais absurdos, pois estes darão o subsídio necessário para a produção de uma boa ideia. Tudo isso é devido a uma ideia ser simplesmente uma nova combinação de velhos elementos intangíveis, ou seja, relacionando-se velhas ideias, gera-se novas ideias. Tudo depende da necessidade do produtor cultural. O conhecimento, a pesquisa, o estudo são fundamentais para o produtor que deseja ter excelência no seu trabalho. Há diversos métodos para geração de ideias e agregação de valor aos projetos culturais, como veremos em seguida. O objetivo aqui não é formar experts nestes métodos, mas sim mostrar sua existência e estimular a ampliação do conhecimento sobre o assunto para uma boa gestão de projetos. O Business Model Generation, o método foi apresentado no livro “Business Model Generation: inovação em modelos de negócios”, onde se descreve de forma lógica como uma organização cria, entrega e captura valor. O principal foco do livro é o “Quadro”, que orienta os caminhos a serem percorridos para se obter um modelo de negócio inovador e competitivo. A aplicação da técnica é ampla e adaptável desde o nível pessoal, até governamental, passando por todas as áreas de setores. O Visual Thinking, nada mais é do que o pensamento visual. Esta técnica é bem disseminada no mundo dos negócios. Seu grande feito é ter mostrado que o trabalho visual dá mais resultado do que os métodos tradicionais, ou seja, transformar palavras em imagens. Este método também é conhecido como aprendizagem visual ou espacial. O Design Thinking é utilizado tanto por pessoas, quanto por organizações. É uma abordagem que visa relacionar empatia numa situação de problema, colocando as pessoas no centro do desenvolvimento de um projeto. A criatividade nesta técnica é relevante, pois objetiva a produção de soluções para analisá-las e adaptá-las à situação problema. É um conjunto de métodos, técnicas e processos para abordar problemas e busca de soluções. O THINK FF aborda o pensamento disruptivo como impulsão para a produção de novas propostas de valor para projetos de produtores culturais que desejam se sobressair no mercado e antecipar mudanças do futuro. Ser disruptivo, é, basicamente, pensar “fora da caixa”. FORTH Innovation é uma metodologia avançada de inovação que dobra a eficácia do seu processo de inovação. Metodologia nova criada por Gijs van Wulfen. Trata-se de um método estruturado em 5 passos, que visa organizar o início caótico do processo de inovação. A inteligência Sociocriativa é uma metodologia investigação-ação sistêmica da efetividade de projetos sociocriativos em territórios e comunidades. Procura agregar diversas metodologias para o desenvolvimento da inovação em projetos. Termino com as palavras de Nolan (1989), para reflexão: “o grande paradoxo da inovação é que o maior de todos os riscos é não inovar, nunca fazer alguma coisa nova.”
Erick Maciel Erick Maciel Docente da Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA, onde atua no Curso de Relações Públicas - Ênfase em Produção Cultural. Foi Consultor do Sebrae/RS e Instrutor do Senar/RS entre os anos de 2010 e 2013, atuando em diversas áreas do conhecimento. Além, das atividade de docência, atua como Produtor Cultural e Audiovisual, possuindo diversos projetos aprovados por Leis de Incentivo à Cultura e Seleções Públicas por edital. Fonte: Blog do Radar da Produção. Acesso em http://blog.radardaproducao.com.br/procult/10642/gestao-de-projetos-aplicada-a-producao-cultural-2/

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